ROCK E NEGRITUDE!!
por Vicente Zaki
FALAR SOBRE O NEGRO É MUITÍSSIMO CURIOSO, QUANDO SE REFERE A IDENTIDADE. NUMA CIDADE QUE NÃO DORME, ONDE TUDO ACONTECE E AS MANIFESTAÇÕES DA ARTE SE DÁ EM TODOS OS ASPECTOS, OCUPANDO ESPAÇOS, SAINDO DO CAMPO DA INVISIBILIDADE, PELO IMPACTO SONORO QUE PRODUZ. SEJA NUMA GARAGEM OU EMBAIXO DE UM VIADUTO ESCONDIDO OU UM POUCO DISTANTE DAS CHAMADAS 'CASA LOTADA'', POR CONTA DO LUXO INEXISTENTE E A FALTA DE RECURSOS PARA EVENTOS, QUE ILUSTRAM CAPAS DE REVISTAS OU JORNAIS DE GRANDE PORTE. ESSES LUGARES, TÊM SE REVELADO COMO GRANDES ESPAÇOS DE PURA CULTURA. ASSIM PARTIMOS PARA A BAIXADA, NOSSA AVENTURA NO PRIMEIRO SÁBADO DE FEVEREIRO, QUANDO CONHECEMOS O ESPAÇO CULTURAL BF (Baixada Fluminense) NO CENTRO DE MESQUITA, DEBAIXO DO VIADUTO, QUE LEVA O NOME DE DICRÓ, CANTOR POPULAR NEGRO NASCIDO NA CIDADE.
NOSSO OBJETIVO FOI OBSERVAR E CONVERSAR SOBRE A REPRESENTATIVIDADE NEGRA. AH! ESQUECI DE PONTUAR, ERA UM EVENTO DE ROCK, EMBORA SEJA MUITO DIFERENTE DO SAMBA,TEM UM GRUPO CONSIDERÁVEL DA PELE NEGRA, ENVOLVIDAS POR ESTE ESTILO MUSICAL.
O LOCAL NÃO ESTAVA CHEIO, MAS AS BANDAS ESTAVAM LÁ DANDO O SEU SHOW E PRESTIGIANDO UNS AOS OUTROS. NINGUÉM ARREDOU O PÉ, ENQUANTO A ÚLTIMA BANDA NÃO SE APRESENTOU.
EM BORA TIVÉSSEMOS CHEGADO MUITO APÓS O HORÁRIO, AINDA ASSISTIMOS MUITAS BANDAS. NOS INTERVALOS ENCONTRAMOS O BATERISTA JEFF GOMES, O VOCALISTA E GUITARRISTA GUILHERME BELLATOR, O BAIXISTA JOW ALMEIDA E O GUITARRISTA SOLO LEANDRO KISSINGER, PESSOAL DA BANDA NOVA ORIGEM
QUE ACEITOU UM UM BATE PAPO APÓS O EVENTO. DE MESQUITA PARTIMOS PARA NILÓPOLIS, TERRA DA BEIJA-FLOR,ONDE MORA A MAIORIA DA BANDA. ESPANTO?! SER AMANTE DE ROCK, NUMA CIDADE QUE RESPIRA SAMBA. COMO É ISSO? COMO SE POSICIONA O NEGRO ROQUEIRO,TENDO EM VISTA QUE NAS LEITURAS POPULARES, A FIGURA DO NEGRO SEMPRE ESTÁ VINCULADA AO SAMBA?
O BATE PAPO FOI DESCONTRAÍDO, DESTACARAM QUE A RAIZ DO ROCK É NEGRA E LEMBRAM DE LENDAS DO ROCK COMO JIMI HENDRIX
Nova Origem |
Muito bacana!
ResponderExcluirO rock é preto, pô (hehehe)!!
Vicente Zaki, vc sempre lúcido nas questões raciais.
Parabéns a banda que tem essa memória em sua identidade.
Afroabraços,
Dayse G.