quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

       O alemão que revelou a escravidão no Recife

O Empresário de sucesso no ramo recente da fotografia, com estúdios também em Salvador e São Paulo, Alberto Henschel não se limitou apenas fazer retratos da nobreza, dos comerciantes e de quem possuía dinheiro para ser imortalizado em uma chapa.Ele também registrou os negros, livres ou escravos, em um período ainda anterior à Lei Áurea. Na coleção das imagens feitas em estúdio, no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro, vê-se pessoas com sua dignidade preservada, no mesmo padrão dos cartes-de-visite da elite branca, apesar de suas roupas simples. O olhar diz tudo.
As imagens da galeria abaixo integram a coleção Brasiliana Fotográfica, disponibilizadas graças a um convênio do Leibniz – Institut für Länderkunde (da cidade alemã de Leipzig) com o Instituto Moreira Salles. As 24 chapas em albumina/prata retratando os negros recifenses têm o tamanho original de 9 cm por 5,6 cm.
Produzidas no ano de 1869, mostram pessoas que ainda esperariam quase 20 anos até que a escravidão fosse oficialmente extinta no Brasil. Não há indicações de nomes e funções (a não ser o “matuto”, que deveria ser um vaqueiro), mas os negros e negras, além de cafuzas e até um albino, são testemunhas de um tempo ainda presente entre nós.




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