Após cem anos da abolição da escravatura, aqui estamos nós ainda falando sobre a inclusão do negro na educação, ou seja, quase nada mudou ao longo do período. Durante muito tempo não foi trabalhado nas escolas o ensino da cultura Afro-brasileira e Africana. A História, literatura e cultura não entrava no curriculo com uma intencionalidade específica. Exemplo dos livros de História do início do século XX nós vemos a evolução das espécies, trabalhando a população afro-descendente como uma sub-raça. Eu vejo que o currículo que se trabalhava no passado era a teoria do embranquecimento, trabalhando os valores culturais do negro como subdesenvolvidos, fazendo surgir então a necessidade da eugenia, ou seja, o embranquecimento da raça. É bom ressaltar que a eugenia era um modelo praticado pelo nazismo, com a idéia de raça pura. O ponto que considero extremamente relevante em minha fala, é que esta idéia também estava presente no pensamento social brasileiro no início do século XX, em outras palavras o brasil não decolava culturalmente, educacionalmente por causa do mestiçamento, ou seja a mistura das raças. O livro diploma de brancura da editora UNESP mostra que até a chamada escola nova que vem o pensamento moderno, já vem minada com a questão da eugenia. Neste ponto eu vejo a lei 10.639 que modifica a LDB de estrema importância para a desconstrução de equívocos históricos graves em relação a escolarização do negro afro-descendente, e em contrapartida estimulando e valorizando a cultura afro-brasileira e africana no currículo brasileiro. Creio que muita coisa já foi feita, não podemos negar porém muito ainda há que ser feito. Vejo como um exelente ponto de partida, o investimento na formação continuada para os professores, ou seja, o currículo precisa considerar e valorizar a questão do negro em um contexto amplo. Pontos como a revisão curricular, a formação qualificada dos educadores, gestores, e um bom material didático somados a todas estas medidas, terão um fim positivo para a valorização dos afro-descendentes de africanos no brasil no espaço escolar. Reconheço que só a partir da continuidade das políticas iciadas e a sua não interrupção, somadas a aplicação da lei, os negros assim como eu veremos a diversidade cultural sendo trabalhada no currículo de forma contundente. Vejo de forma positiva mudanças como: correção de injustiças, eliminar eliminar discriminações, formar e promover a inclusão social e a cidadania para todos. Trabalhar a construção de estratégias educacionais que visem o combate ao racismo, é realmente uma tarefa de todos os educadores, independente do seu pertencimento etnico-racial. A lei 10.639 diz que as pedagogias a serem trabalhadas devem sernde combate ao racismo e a discriminação, sempre tendo como objetivo a educação das relações etnico-raciais, fortalecendo entre os negros e despertando entre os brancos a consciência negra. Apostar em Trabalhos na educação de base, investindo na desconstrução do racismo, criando assim estratégias pedagógicas que possam auxiliar a reeducalos. Trabalhar entre os pequenos a sua identidade como pessoa negra e de valor, enaltecendo sua beleza natural, seu jeito de ser como verdadeiramente o é. Desconstruir valores equivocados e construir conhecimento sobre um continente tão grande e diverso como a África se apresenta como um desafio para os professores de História da Educação no Brasil. Concluo dizendo que após anos de implementação da lei, há mudanças quanto à inserção dos conteúdos, quanto à publicação de livros temáticos sobre a África e às discussões e promoções acadêmicas, porém, ainda é preciso mudanças quanto à forma de abordagem, e principalmente, quanto à concepção de ensino voltada para a desmistificação do continente africano em sua apresentação didática.
Para ser preciso são 128 anos passados da abolição, que demonstram que há muito a se avançar no Brasil para que a população negra tenha as mesmas oportunidades e justiça social.
Texto "A Educação do negro"
ResponderExcluirProf. Luiz Mattos.
Após cem anos da abolição da escravatura, aqui estamos nós ainda falando sobre a inclusão do negro na educação, ou seja, quase nada mudou ao longo do período.
Durante muito tempo não foi trabalhado nas escolas o ensino da cultura Afro-brasileira e Africana. A História, literatura e cultura não entrava no curriculo com uma intencionalidade específica. Exemplo dos livros de História do início do século XX nós vemos a evolução das espécies, trabalhando a população afro-descendente como uma sub-raça.
Eu vejo que o currículo que se trabalhava no passado era a teoria do embranquecimento, trabalhando os valores culturais do negro como subdesenvolvidos, fazendo surgir então a necessidade da eugenia, ou seja, o embranquecimento da raça. É bom ressaltar que a eugenia era um modelo praticado pelo nazismo, com a idéia de raça pura. O ponto que considero extremamente relevante em minha fala, é que esta idéia também estava presente no pensamento social brasileiro no início do século XX, em outras palavras o brasil não decolava culturalmente, educacionalmente por causa do mestiçamento, ou seja a mistura das raças. O livro diploma de brancura da editora UNESP mostra que até a chamada escola nova que vem o pensamento moderno, já vem minada com a questão da eugenia. Neste ponto eu vejo a lei 10.639 que modifica a LDB de estrema importância para a desconstrução de equívocos históricos graves em relação a escolarização do negro afro-descendente, e em contrapartida estimulando e valorizando a cultura afro-brasileira e africana no currículo brasileiro.
Creio que muita coisa já foi feita, não podemos negar porém muito ainda há que ser feito. Vejo como um exelente ponto de partida, o investimento na formação continuada para os professores, ou seja, o currículo precisa considerar e valorizar a questão do negro em um contexto amplo. Pontos como a revisão curricular, a formação qualificada dos educadores, gestores, e um bom material didático somados a todas estas medidas, terão um fim positivo para a valorização dos afro-descendentes de africanos no brasil no espaço escolar.
Reconheço que só a partir da continuidade das políticas iciadas e a sua não interrupção, somadas a aplicação da lei, os negros assim como eu veremos a diversidade cultural sendo trabalhada no currículo de forma contundente. Vejo de forma positiva mudanças como: correção de injustiças, eliminar eliminar discriminações, formar e promover a inclusão social e a cidadania para todos. Trabalhar a construção de estratégias educacionais que visem o combate ao racismo, é realmente uma tarefa de todos os educadores, independente do seu pertencimento etnico-racial. A lei 10.639 diz que as pedagogias a serem trabalhadas devem sernde combate ao racismo e a discriminação, sempre tendo como objetivo a educação das relações etnico-raciais, fortalecendo entre os negros e despertando entre os brancos a consciência negra.
Apostar em Trabalhos na educação de base, investindo na desconstrução do racismo, criando assim estratégias pedagógicas que possam auxiliar a reeducalos. Trabalhar entre os pequenos a sua identidade como pessoa negra e de valor, enaltecendo sua beleza natural, seu jeito de ser como verdadeiramente o é.
Desconstruir valores equivocados e construir conhecimento sobre um continente tão grande e diverso como a África se apresenta como um desafio para os professores de História da Educação no Brasil.
Concluo dizendo que após anos de implementação da lei, há mudanças quanto à inserção dos conteúdos, quanto à publicação de livros temáticos sobre a África e às discussões e promoções acadêmicas, porém, ainda é preciso mudanças quanto à forma de abordagem, e principalmente, quanto à concepção de ensino voltada para a desmistificação do continente africano em sua apresentação didática.
Para ser preciso são 128 anos passados da abolição, que demonstram que há muito a se avançar no Brasil para que a população negra tenha as mesmas oportunidades e justiça social.
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