quinta-feira, 22 de março de 2018






Clube do Imperador 

O que eu faria sendo o professor?

Por Lucinei Vicente dos santos 

(Vicente Zaki)

O filme apresenta um enredo sobre educação que se passa em um colégio que tem sua classe composta só de meninos,classe esta que recebe um professor de cultura Greco- Romana, que tem paixão em ensinar.O professor faz uso dos exemplos das personalidades históricas como contribuição na construção do caráter dos seus alunos, principalmente para que sejam homens sábios e prudentes em suas atitudes, valorizando o conhecimento e aprendizagem. 

O conflito com o professor se dá quando aparece um aluno que questiona todos os seus ensinamentos e ainda assume um poder de influência sobre os demais colegas. Percebendo seu poder de fala, o professor estrategicamente inscreve e trabalha este aluno para uma competição de conhecimento em um disputadíssimo concurso. O aluno não consegue êxito e desonestamente o professor muda adultera o sistema de classificação para privilegiar o aluno e se constrange ao ver que seu aluno faz uso da cola para passar nas fases.O mesmo professor faz o aluno errar , trocando uma pergunta fora do programa por outra que fazia parte dos seus ensinamentos em sala de aula. 

Após todos se formarem o aluno,com argumento de que mudou, pede uma chance na competição e a história se repete. Ao fim de tudo o professor ao rever os outros alunos em situação bem diferente, honestos de bom caráter ocupando espaços importantes, percebeu que independente de suas falhas, fez um trabalho honroso,com frutos e entende que precisa continuar a lecionar. 

O filme é interessante,nos faz entender que nem sempre acertamos e como professor , eu talvez faria o mesmo que ele. Ele viu na situação uma oportunidade de transforma em coisa boa toda intenção do aluno já que entrou num estado de competição. Essa avaliação sobre todos os comportamentos é super necessária e o aluno tem que ser pensado o tempo todo, pra melhor aproveitamento. Acredito que o professor é um ser humano e em tudo há um sofrimento necessário nos problemas específicos como esse. Certamente que existem muita formas de se resolver qualquer situação escolar e que seja a melhor possível para o aluno e professor.



segunda-feira, 19 de março de 2018


Por que tenho orgulho de ser um homem negro?


Por que tenho orgulho de ser um homem negro?



Ainda que…
Ainda que nos vejam através da lente do racismo, eu me orgulho de ser um homem negro; apesar dos insultos, repulsa e da hipocrisia, eu me orgulho de ser um homem negro; independente do medo, julgamentos morais e generalizações, eu me orgulho de ser um homem negro.
Mesmo que nossas experiências sejam desqualificadas em prol de slogans e palavras de ordem, eu me orgulho de ser um homem negro.   
Penso que ter esse orgulho seja um dos principais pré-requisitos para reivindicarmos formas de masculinidades negras que não estejam tuteladas pela masculinidade do homem branco, assim como, é também uma possível consequência das próprias modalidades de enfrentamento ao racismo e busca pelo autoconhecimento.
Ademais, ter orgulho do que somos, é, na maioria das vezes, um caminho longo, árduo, porém libertador. Este texto é pra todos nós homens negros: para o religioso ou ateu, para o mocinho e o bandido, para o desempregado, sub-empregado ou bem empregado, para quem bateu ou apanhou, para o de esquerda e de direita, os de “tinta fraca”, e os de “tinta forte”, para o negão e para o neguinho, para o homem negro de qualquer sexualidade e tantos outros que com toda sua riqueza não cabem aqui.
Leia também: 
Minha escrita é para vocês e a essência de tudo que tenho pra dizer é: tenham orgulho de serem homens negros.
Say It Loud – I´m Black and I´m Proud[1]
Eu poderia falar da honra de sermos os primeiros homens da espécie humana. Discursar sobre os grandes feitos das civilizações africanas pelo mundo, invenções de cientistas, façanhas de atletas, das proezas de valorosos homens negros através da história e de homens comuns que lutam todos os dias pela sobrevivência. Tudo isso me enche de admiração e respeito, mas o que me dá orgulho mesmo é o nosso papel vital na luta pela liberdade do povo negro.
O homem negro é peça indispensável para a produção de masculinidades não calcadas nos valores coloniais da branquitude, esse potencial advém do nosso lugar social instável e perigoso na dinâmica entre raça e gênero, o que quero dizer, é que, estar em uma sociedade patriarcal supremacista branca, fazendo parte do segmento masculino-racial derrotado pela barbárie do colonialismo europeu, não é um lugar que se queira estar.
Sem rodeios e ingenuidades: o patriarcado branco não foi “inventado” para contemplar homens negros, indígenas, ou os “não-brancos” em geral, mas sim para nossa domesticação e ruína. Como lidamos com isso e que sugestões apresentar, é uma parte importante do que proponho neste texto. 
Aprendendo a ser um homem negro
Ninguém nasce sabendo o que é ser homem, isso se aprende, basicamente, com outros homens, e são eles que validam nossa masculinidade, é assim que nos tornamos homens. No entanto, a pergunta é: quem define o que é homem? O homem branco. A pretensão de universalidade e neutralidade produzida pela branquitude masculina empresta-lhe um poder normativo sem igual, fazendo com que seja tomada como medida de (quase) todas as coisas.
Vejamos o famoso homem desconstruído, via de regra, é aquele indivíduo oriundo das classes médias, com educação superior, sofisticação cultural, flexível quanto ao papel social masculino, bem-sucedido na profissão, ideologicamente progressista (ciente de seus privilégios, sensível às questões das “minorias”) e branco. Uma espécie de príncipe encantado pós-moderno, o que apenas ratifica seu status social podendo negociar algumas de suas prerrogativas patriarcais, sem alteração substancial na dinâmica de poder, mantendo-se como modelo de masculinidade exemplar.
Assim, “algoz” e “redentor” se mesclam em um único ser, branco e pleno, cabendo ao homem negro e aos “outros homens”, nesse conto de fadas contemporâneo, serem vistos como os machistas por excelência, degenerados crônicos e moralmente deficitários, ecos da estereotipia colonial repaginada. 
Com efeito, nossa constituição não desconsidera as características ditadas pelos homens brancos. Assim, nossa afirmação de masculinidade passa, em certo grau, por imagens brutalizadas do tipo: “Ser negão de verdade”, “Ter pegada”, “Bem dotado”, “Força física descomunal” (FAUSTINO, 2014)[2].
Aquele que não conseguir corresponder com tais atributos corporais enfrentará sérios problemas em seu processo de socialização e identidade. Para o professor de literatura Mark Sabine “… a psique do homem negro colonizado só poderá recuperar-se do traumatismo quando esse homem repudiar não apenas a máscara branca que julga ser o seu direito de nascença, mas também a máscara negra que o colonizador lhe impõe” (SABINE, 2011, p.199)[3].
Em outras palavras, não querer ser branco, nem o negro que o branco inventou. Para tanto, o patrimônio cultural africano e afro-brasileiro é peça-chave.  
O Homem Negro Vida
Em primeiro lugar, homens negros não se resumem a teses acadêmicas e experiências pontuais, somos o “negro-vida” [4], dotados de uma energia ancestral incapturável, “A masculinidade é agressiva, instável, combustível. É também a mais criativa força cultural da história.” (PAGLIA, 1993, p.64)[5]. A aliança entre essa vivacidade criadora, com arquétipos de inspiração afrodiaspórica pode fornecer subsídios na elaboração de masculinidades negras que rompam com profundos mecanismos racistas e sexistas, que agem não só nas estruturas objetivas como também nas cognitivas, transformando homens “cabisbaixos, envergonhados, curvados ao peso da melanina” (LOPES, 2006, p.10)[6], em homens que realmente sabem quem são, onde estão e para onde vão.      
No texto Nós matámos o cão-tinhoso: A emasculação de África e a crise do patriarca negro, Sabine relaciona o conto do moçambicano Luís Bernardo Honwana, “Nós matamos o cão tinhoso”, com o romance anti-segregacionista To kill a mockingbird da escritora Harper Lee, fazendo uma leitura crítica dos valores da masculinidade portuguesa devido aos seus aspectos fortemente ligados ao empreendimento colonial, que exalta a violência, crueldade e covardia, reivindicando seu domínio através da força. Longe disso, as masculinidades africanas tradicionais são valorizadas pelos “… ideais de coragem, liderança, compaixão, e a entrega de força física e perícia ao bem comum, ao invés da glória pessoal”.(SABINE, 2011, p. 188).       
Já no poético livro Homens da África (2012)[7], o escritor Costa-Marfinense Ahmadou Kourouma apresenta quatro arquétipos de homens negros africanos: o Griô, o Príncipe, o Caçador e o Ferreiro. O Griô representa o homem conciliador, artesão da palavra e de grande poder inventivo. Um homem que preza pela capacidade mental e não pela força bruta e truculência. A antítese do estereótipo do homem negro violento e estúpido. O príncipe simboliza o senso de responsabilidade para com o seu povo, educação e liderança. Figura que se contrapõe ao negro irresponsável e imaturo. O caçador é zeloso e protetor para a sua coletividade, provendo-a de alimentos até curas. Esse arquétipo não admite o estigma do homem negro negligente. E por fim, o ferreiro como um sábio, conhecedor dos mistérios do mundo. Hostil à noção de incultos que carregamos.
Na diáspora afro-brasileira encontramos exemplos masculinos poderosos no panteão religioso de matriz africana. Xangô encarna o senso de justiça, autoridade e poder. Oxalá o pai da humanidade, representa paz, serenidade e superação. Não podemos esquecer de Zumbi dos Palmares, um personagem mítico-histórico, que representa a bravura e luta do homem negro pela sua coletividade. 
No campo dos símbolos, os adinkras (criados originalmente pelo povo Akan de Gana) expressam aspectos calcados na agência histórica dos povos africanos. O ideograma Sankofa significa voltar e apanhar aquilo que ficou para trás, aprendendo com o passado, para construir o presente e o futuro (NASCIMENTO, 2008)[8] aponta-se desse modo, para uma concepção de respeito e afeto à nossa memória coletiva ancestral, buscando preencher “o vazio de referências oficiais imposto à maioria dos afrodescendentes brasileiros” (NASCIMENTO; SEMOG, 2006, p. 16). 
Essas referências na maioria das vezes não se encontram em um passado longínquo, na verdade habitam muitas das nossas práticas cotidianas e jeitos de ser, é preciso notá-las para cultivá-las.
Dessa forma, sem pretensões puristas nem maniqueísmos, por que nos pautaríamos por modelos de masculinidades branco-ocidentais usados historicamente para nos subjugar, se possuímos os nossos concebidos para nos fortalecer? A afirmação identitária refletida e orgulhosa mostra-nos a beleza e a força da masculinidade negra, nossa “… própria força vital, chamada axé entre os iorubanos, ngolo entre os congos, tumi entre os acãs, baraka entre os africanos arabizados” (LOPES, 2006, p. 9).
E você tem orgulho de ser um homem negro? Por quê?
Henrique Restier da Costa Souza é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestre em Relações Étnico-raciais pelo Centro Federal Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ)  e Doutorando em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ).

[1] Tradução livre “Diga alto – Eu sou negro e me orgulho. Música escrita por James Brown e Alfred “Pee Wee” Ellis em 1968.
[2] FAUSTINO, (NKOSI) Deivison F. (2014). O pênis sem o falo: algumas reflexões sobre homens negros, masculinidades e racismo. In: BLAY, Eva Alterman (Org.). (2014). Feminismos e masculinidades: novos caminhos para enfrentar a violência contra a mulher. São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 75-104.
[3] SABINE, Mark. Nós matámos o cão-tinhoso: a emasculação de África e a crise do patriarca negro.Via Atlântica, São Paulo, n. 17, p. 187-200, june 2010. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50549/54665>. Acesso em: 20 oct. 2017.
[4] Conceito de Guerreiro Ramos.
[5] PAGLIA, Camille. Sexo, arte e cultura americana. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
[6] LOPES, Nei. Abdias, Semog, “Negros-vida”. In: SEMOG, Éle; NASCIMENTO, Abdias. Abdias Nascimento o griot e as muralhas. Rio de Janeiro: Pallas, 2006, p. 9-12.  
[7] KOUROUMA, Ahmadou. Homens da África. São Paulo: SM. 2012.
[8] NASCIMENTO, Elisa larkin (org.) A matriz africana no mundo. São Paulo: Selo Negro. 2009, p.29-54.

domingo, 18 de março de 2018

Na  voz de Clara Nunes, uma canção pra desviar das tensões,que nos leva  para distante do amor.
Nestes dias em que comprovamos  que o amor, em sua essência está em escassez, e que a vida, eterna primavera ,está  perdendo o canto dos pássaros,o gracejo das borboletas e o beijo do beija-flor,só nos  resta ouvir para resgatar a contemplação do amor em verso e prosa. orar e sentir o Ser do amor, sua essência nos revigorando para vivermos no jardim de seu imenso amor. ouvir

sábado, 17 de março de 2018






                                          #Apenas Um Pensamento Meu
                            Não precisa concordar comigo



Danielton Rodrigues


Resolvi fazer texto também, minha mente estava(e ainda esta) uma 'erupção' de pensamentos sobre o assassinato de quarta feira. Com toda a repercussão e tal:

Demagogia - Por ver como a mídia consegue manipular tanta gente, como uma emissora consegue selecionar qual crime é "mais absurdo", qual vida é "mais valiosa".
Assassinaram uma mulher que 'batia' de frente contra o sistema, em prol das minorias. E é um absurdo perder uma vida tão valiosa de forma tão brutal, mas também assassinaram o 'Seu Zé' por causa de um celular, a 'Dona Maria' que saía do banco, o 'Joãozinho' por causa da moto e o 'PM Souza' com sua esposa e filhos... todos

 eram valiosos, mas segundo a tal emissora não é bem assim que funciona.

Hipocrisia - Por ter que ver tanta gente compartilhando indignação(sem estar indignado). Vocês realmente estão indignados ou só querem likes? Ou só querem pagar de ativistas de Internet, que sai compartilhando tudo que aparece, pra se mostrar inteligente o bastante?
Tanta gente "indignada" com essa morte, e caladas com as mortes brutais que acontecem DIARIAMENTE no nosso estado. A família do 'Seu Zé, Dona Maria, Joãozinho e do PM Souza', também estão aguardando toda essa comoção nacional. Ah e dos artistas também hein.

Desumanidade - Por ter que ver tanta gente cruel curtindo com 'hahaha' a morte de uma pessoa, pelo simples fato de ter visões sociais e políticas, diferente das que elas tem. E outros obviamente por conta do racismo(e olha que tem gente que fala que é mi mimi).

Politicagem - Por ter que ler tantos discursos políticos sobre o assunto, independente de esquerda ou direita, tantas pessoas querendo tirar proveito desse triste acontecimento, em prol de seus interesses pessoais. Até show do Caetano teve(totalmente desnecessário).

Tristeza - Por essas duas vítimas(Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes), que deixaram pra trás, familiares, amigos e sonhos.
E a triste realidade, em saber que se tratando de Rio de Janeiro, você não vive e sim sobrevive. E que se tratando de preto o estereótipo nos credencia pra sermos alvejados 'acidentalmente'(até porque nem todos são pessoas do bem nem o falecido 'Souza').

Eu já desisti de discutir com quem não quer ouvir. Não sou militante, não concordo com inúmeras coisas na plataforma esquerdista, assim como praticamente nada da direita. Mas a questão aqui é que foi mais uma. Mais uma como a médica, ou como o policial. Ou o pai na frente do filho. As pessoas se aproveitam pra destilar o ódio sem enxergar que as vidas estão sendo ceifadas. Logicamente o caso da Marielle tomou maior proporção por ser claramente um crime político. Mas em momento nenhum as outras mortes foram menos importantes. Pelo menos eu vi muita repercussão nos outros casos. Talvez tenha sido só por que aconteceu tudo junto. Talvez na semana que vem sejam todos esquecidos. Talvez até a Marielle não seja ninguém no ano que vem. Mas é o que você diz. Se aproveitam do momento que seria de dor pra própria promoção. E os cristãos no meio disso? Não vi a Igreja se manifestar em momento algum. Parece que não quer se queimar com direita ou esquerda. Melhor fazer o político e se dar bem com todos. Acabou o amor. O ser humano é desumano. Se vc sentir piedade está querendo aparecer. E por aí vai...
Ah. Infelizmente a igreja não se manifestou, talvez por que dá trabalho desenvolver uma fala diante de tal quadro, onde uma mulher que denunciava foi executada. E tem agravantes, que deve comprometer a igreja ter que falar dela como uma pessoa do bem, pois era lésbica, porque o ser negra da favela, ainda é suportável. A Igreja também não se manifestou quanto aos policiais mortos no ano passado, não houve uma campanha de oração para as famílias, em fim faz-se campanha que vão refletir, positivamente na conta da igreja. Não vamos muito longe pra observar esse pecado da omissão, quantas situações de sofrimentos humanos, tem passado pela s vistas da igreja e simplesmente se empurra, constrangimentos, por ser pobre, por não ter estudo e se for desempregado também se complica. isso é geral. Compreenda-me, estou pontuando porque penso que precisamos melhorar, o ser humano tem que valer mais para a igreja e não só que ele pode dá. A igreja se esquece que muitos cristãos foram e estão sendo executados por praticarem o ato de denunciar. Peço desculpa, mas a sua fala me sugestionou escrever em observância a ausência da igreja.

Idealizada pela Editora Malê, a Festa da Literatura Negra tem como objetivo instigar o debate sobre os campos de criação, circulação, distribuição e mediação das obras produzidas por escritores e escritoras negros, divulgar as iniciativas para a promoção destas obras, estimular o debate literário, aproximar leitores e escritores.

Já realizando eventos na Baixada Fluminense há três anos, o LiteraCaxias apoiou a ideia e, em parceria com a Malê, está trazendo para Duque de Caxias mais uma edição desse evento único. Não deixe de confirmar sua presença.


Foto de LiteraCaxias.


MAR17

Festa da Literatura Negra | Edição Duque de Caxias

Público
· Organizado por LiteraCaxias e outras 3 pessoas

quinta-feira, 15 de março de 2018

POR TODAS AS OUTRAS QUE FORAM INTERROMPIDAS DE TODAS AS FORMAS.POR TODAS QUE NÃO CONSEGUIRAM GRITAR
POR TODAS QUE FORAM SILENCIADAS ENQUANTO DENUNCIAVAM.
POR TODAS QUE MESMO NO ANONIMATO,SE DOARAM POR JUSTIÇA.

MAR15

Marcha contra o genocídio negro! SOMOS Marielle Franco!

Público
· Organizado por Botafogo Antifascista

quarta-feira, 14 de março de 2018






"Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"


Uma dia antes de ser assassinada, Marielle reclamou da violência na cidade, no Twitter. No post, ela questionou a ação da Polícia Militar."Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, Região Central do Rio, na noite desta quarta-feira (14). Além dela, o motorista do veículo também morreu. Uma outra passageira, a assessora Fernanda Chaves, que trabalha no gabinete da vereadora, sobreviveu. Fernanda foi atingida por estilhaços e levada para o Hospital Souza Aguiar. Segundo a GloboNews, fontes da polícia dizem que todos os indícios, até o momento, indicam que o crime não se trata de um assalto
.Segundo as primeiras informações da PM, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. Eles fugiram sem levar nada.

-------------https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/vereadora-do-psol-marielle-franco-e-morta-a-tiros-no-centro-do-rio.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar------------------------------------------------------------------------------------------------------------



                          O QUE PENSAR SOBRE ISSO?


SERÁ´QUE ESTA É UMA FORMA DE CALAR QUEM USA SUA VOZ PARA DENUNCIAR O MAL CAÓTICO QUE ASSOLA AS COMUNIDADES? OS JOVENS? E OUTROS QUE NÃO EMITEM NENHUM SOM.

O MUNDO ESTÁ ENFRAQUECIDO.AS PESSOAS ESTÃO SE DESUMANIZANDO E ALVEJANDO OUTROS COM, "PORRADA TIRO E BOMBA".A SEGURANÇA CAMINHA PRO ESPAÇO ,SEM RASTRO.INFELIZ AQUELE QUE NÃO CONSEGUE DENUNCIAR, E POR IRONIA ENCONTRA OUTRO SER, IGUAL A ELE QUE RESOLVE CALAR,O GRITO DE ALGUÉM. ELA MORREU.FOI ASSASSINADA,DE UMA MANEIRA PELA QUAL SEMPRE PROTESTOU. A DOR QUE FICA É PO SABER QUE NO CASO DELA NÃO SE TRATA DE FALTA DE SEGURANÇA, MAS SIM DA FALTA DE RESPEITO,DE HUMANIDADE.

LAMENTÁVEL A MORTE DE MARIELLE E DO MOTORISTA TAMBÉM ASSASSINADO, O QUE FICA PRA NÓS É QUE A LUTA CONTINUA, AINDA TEM MILHÕES DE VOZES A ECOAR POR JUSTIÇA,POR DIREITOS HUMANOS,COMO FAZIA MARIELLE.
‘A cor do meu filho faz com que as pessoas mudem de calçada’ afirma Taís Araújo
https://www.revistapazes.com


“São demasiado pobres os nossos ricos” – por Mia Couto

  A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.


A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
        o maior sonho dos nossos novos-rícos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito concavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.

As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos!


São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.

Mia Couto, in ‘Pensatempos’

https://www.revistapazes.com

terça-feira, 13 de março de 2018


https://www.revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2018/03/unnamed-22-e1490031087191.jpg


O professor de filosofia da Universidade de Brasília (UNB) Wanderson Flor do Nascimento criou um site educativo onde disponibiliza gratuitamente mais de 30 livros de escritores do continente africano e outras 40 obras que trabalham o tema. Há obras de Achille Mbembe, Mogobe Ramose e Cheikh Anta Diop, entre outros.
O objetivo, segundo nascimento, é que os “materiais em língua portuguesa que possam subsidiar pesquisas sobre a filosofia africana e afro-brasileira, assim como auxiliar na tarefa de professoras/es do ensino fundamental e médio em acessar recursos ainda pouco conhecidos em nossa língua”.
De acordo com ele, é preciso pensar a filosofia “em/desde outras cores”, mesmo porque desde 2003 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (art. 26-A) determina que em todo o currículo dos ensinos fundamental e médio brasileiros estejam presentes conteúdos de história e cultura africana e afro-brasileira.

“Trazer a filosofia africana para a educação brasileira aumenta o repertório de reflexões com o qual estudantes têm contato, ajuda a compreender as continuidades e descontinuidades entre o pensamento que produzimos aqui e o que se produziu e produz na África, fazendo com que possamos entender o que esse continente nos legou e, sobretudo, nos ajudou a desconstruir o racismo velado que paira sobre nossa sociedade, uma tarefa de cidadania”, afirmou em entrevista ao Jornal de Brasília.

https://www.revistaforum.com.br/filosofia-africana/



A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e barba

Que  alegria ao ver  e ouvir nosso irmão Rodrigo França no Programa Sem censura TVE - Brasil na  noite de ontem .
No mês  em que a mulher  está no foco, pelo dia 8 de Março, Rodrigo  França marca a cena de maneira especial.Ainda sob a efervescer   do espetáculo "NAVIOS  NEGREIROS", ainda em cartaz. Estamos cada vez mais fortalecidos enquanto povo negro, pois nestes últimos tempos a representatividade tem  aumentado, na mídia e em outros setores. Minha grande expectativa é que as crianças cresçam negras  com  esses referenciais e que seja banida do meio delas toda e qualquer situação de inferioridade que põe  em questão a identidade  negra,  marcada  por violência subjetiva neste  Brasil, estereotipado como paraíso e que não consegue dá conta do seu povo.Sim que a partir da imagem do homem e da mulher negra  que avança,abrindo caminhos, as crianças sejam trabalhadas para que sejam sujeitas do no processo de singularização. Agradecemos ao Rodrigo e outros negros e todas as negras que nos representam. 



Representatividade Sem censura.A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e barba


Que  alegria ao ver  e ouvir nosso irmão Rodrigo França no Programa Sem censura TVE - Brasil na  noite de ontem .
No mês  em que a mulher  está no foco, pelo dia 8 de Março, Rodrigo  França marca a cena de maneira especial.Ainda sob a efervescer   do espetáculo "NAVIOS  NEGREIROS", ainda em cartaz. Estamos cada vez mais fortalecidos enquanto povo negro, pois nestes últimos tempos a representatividade tem  aumentado, na mídia e em outros setores. Minha grande expectativa é que as crianças cresçam negras  com  esses referenciais e que seja banida do meio delas toda e qualquer situação de inferioridade que põe  em questão a identidade  negra,  marcada  por violência subjetiva neste  Brasil, estereotipado como paraíso e que não consegue dá conta do seu povo.Sim que a partir da imagem do homem e da mulher negra  que avança,abrindo caminhos, as crianças sejam trabalhadas para que sejam sujeitas do no processo de singularização. Agradecemos ao Rodrigo e outros negros e todas as negras que nos representam. 

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RE-CONSTRUIR



Sabemos tão pouco da vida, passamos por ela e ainda não conhecemos tudo.É nós não sabemos nada da vida. Falamos do processo de reconstrução é só um belo o discurso.
Reconstruir o que?
 Não chegamos ao limite da  vida com direito a voltar para reconstruí-la.
 Segundo o dicionário reconstruir é verbo transitivo direto, tornar a construir; reedificar."exemplo uma vila"/ transitivo direto formar novamente; reorganizar, reformar."exemplo: os conhecimentos científicos".
De olhar e ver tanta gente perder seus pertences nas enchentes, nos incêndios, nas violências que a vida expõe, continuo a pensar o termo reconstruir.
 E quando a enchente leva a vida e a "bala perdida " encontra uma vida? Oque vai se reconstruir mesmo? Nesse processo não há reconstruir, a vida que se foi não volta mais, não poderá se reconstruída, reedificada. Parece meio louco, entender que a vida é simplesmente essa e que tudo nela, está no processo de construção o tempo todo, é fazer se desfazendo . Começar de novo .vai  valer apena.... nessa canção reconstruir, sinaliza  o novo ciclo, como cada manhã que acordamos, o nosso dia nunca é a mesma coisa, não se pode reconstruir o dia anterior, o dia vai começar de novo,com esferas e situações diferentes. O estado de crise é uma situação de oportunidades, decisões,  conhecimento, relacionamento,tido isso pode ser positivo ou negativo. Há quem diga que  seja um  momento de reconstrução.reconstrói oque? A crise volta e meia aparece  em todos os aspectos. Reconstrução é construir de novo do mesmo jeito e forma que um dia fora construído. Em análise nenhuma reconstrução é igual a primeira construção,sempre haverá algo diferente. Pensemos sobre o nosso corpo, nele não há uma reconstrução genuína. Não podemos reconstruir o tempo.
Em fim, não reduza sua capacidade de refletir sobre as coisas da vida, se construa todos os dias.  Não tome como verdade o que dizem por aí, use seu direito de questionar com muito respeito e lembre-se:Sabemos tão pouco da vida, passamos por ela e ainda não conhecemos tudo. É nós não sabemos nada da vida. Falamos do processo de reconstrução, é só um belo o discurso.
 Esse texto tem caráter provocativo.

segunda-feira, 12 de março de 2018

MAR21

Noite de homenagem ao saudoso Cao na ABI

Público
· Organizado por Babalawo Ivanir Dos Santos